quinta-feira, novembro 27, 2003


love.

Houve uma época que dizer verdades dolorosas a mim mesmo era simples como respirar. Hoje em dia, palavras jogadas a um vento de amarguras não me rodeiam mais. Sei bem que viver de olhos fechados é facil, mas viver sem ter pra quem olhar diferente é terrivel. Lutamos contra a falta de sentido do gostar, que não obedece razão, sexo ou distância... mas sempre corremos pra onde há esperança de felicidade pra nossa alma. Penso que somos bobos demais. portanto não há nada melhor do que aceitar a nossa loucura e o nosso desejo por mais complicado que aparente ser.

Levando o bilhete da viagem impresso nas minhas mãos e mais uma rodada de conselhos da minha mãe. Vou embora de Salvador hoje, pouco depois do meio dia, para ser feliz em São Paulo. Estar longe por algumas semanas porá fim a uma enorme saudade, mas trará a tona outras e outras. Saudade é como lençol de solteiro numa cama de casal: cobre os pés mas deixa os ombros de fora...

Mais do que uma viagem, estou cortando o Brasil em busca do que acredito nesse exato momento, vou procurar uma parte perdida do meu quebra-cabeça chamado coração. Digitando esse texto, olho pra minha cama e lembro dos planos que fiz... da cabeça no travesseiro pensando sobre quem mudaria a minha vida. Quem não tiraria conclusões precipitadas de mim sem antes ouvir meu coração? Após anos eu tenho uma resposta que explica esse e tantos outros questionamentos, conheci uma menina que conclui as minhas frases incompletas só com o olhar. Por isso decidi correr riscos, decidi pelo melhor.