segunda-feira, novembro 29, 2004


Abra los ojos e dimelo: ¿que es felicidad para usted?

sábado, novembro 27, 2004


entre cumplices

O mar na janela do carro me deixa mais novo, mais desperto. E quando o sol anuncia a partida e como presente, deixa nuvens douradas e a impressão de dezoito quilates em forma de agua. Tudo amarelo, tudo se renovando. Apertei o volante na ausência, apenas eu no carro, os dias de desejo se estendem em toda a orla. Se tudo o que queremos pode ser nosso, qual é o caminho das pedras?

Contei trechos da minha vida a mim mesmo, ouvi trechos de saudade. Quem andava no passeio, suava correndo na contramão tambem sabia o que era saudade. Todo mundo sabe, as vezes todo mundo a esconde. Quando a gente tem algo pra dizer, nem que seja para seu proprio ouvido, o mar deixa de ser apenas um montão de água e vira um poço de reflexões. Cade a minha moeda, eu quero fazer um pedido.

Na insistência de fixar os olhos sempre na rua, os fragmentos da realidade se parecem com duas folhas e um galho marrom que insiste em ficar no parabrisa. A intensidade do sonho é enorme, sem dúvida o fragmento maior na minha mente, e mais uma vez fui guiado de volta sem saber como, simplesmente dirigindo e vivendo.

O Sol ja se despediu, e a noite só é noite quando as falsas luzes vão embora. Desligue o interruptor, as velas tem mais verdade do que a luz incandescente que vem do teto, e a lua, ah, essa tem mais segredos do que todos os seus amigos juntos. Hoje, a noite pode ser cumplice ou somente a parte mais escura de um dia qualquer.


quinta-feira, novembro 25, 2004


não resisti

we live in a wheel
where everyone steals
but when we rise it's like strawberry fields


quinta-feira, novembro 18, 2004


i'm at a place called vertigo (dónde estás?)

Quando você anda por andar, que diferença te faz se ja passaram dois dias ou duas decadas? São apenas detalhes do tempo, marcas de expressão na sua face e alguns quilos conquistados. Quando se anda atraves do desconhecido o tempo é um pedaço de arame no deserto quando voce mais precisa de agua.
Doí em você saber que o lugar algum existe, e esta perambulando no centro de um coração? Em mim doí, porque esse coração me pertence. É meu e sem nenhum nome impresso, mas com impressões que só minha alma nao se assusta ao reconhecer.

Os estados de espirito são como estados federais. São separados por distância, códigos de linguagem, por estradas que só decifram quem ja andou por lá. Quem desconhece alternância de estados, nao vai entender do que eu falo. É algo que reside além de simplesmente acordar feliz ou péssimo, de escolher uma roupa que te deixe menos gordo, ou dos conflitos internos que voce vive e nao consegue explicar a quem mais precisa saber. É transcendente porque afeta o resto de uma tarde que voce enxerga cinza mesmo quando um arco-iris ousa aparecer, é desumano porque te anula das possibilidades boas e porque te deixa passar a imagem de idiota para quem só te vê por fora.

Olhe ao meu redor, respire proximo de mim, nao sei se preciso surfar por estados de consiencia. Sei que quem pega o fôlego dos outros, somente tenta pegar carona para um lugar melhor.

quarta-feira, novembro 10, 2004


tiago, às 8:56 da manhã, define-se como uma mistura de sensações.